2 de jun. de 2007

Corpos Unidos


... e me puseste no teu leito com cuidados de amante perfeito...
De desejos minha alma estremece,
O mundo pára, a volúpia cresce...
Cerro os olhos e sinto a tua boca em meu ventre qual borboleta,
Beijando flores em festa louca e a tua destra que meu seio aperta...
Depois, teu corpo ao meu unido, explorando os meandros do meu ser interno,
Busca a fonte do prazer com carinho terno..
Penetra suas águas para ser ungido...
É um impudor na minha idade, um êxtase devasso que me vence,
Gozo de vibrante ansiedade,
Dar-te este corpo que a mim já não pertence...
E nele fazes estranhos arabescos,
Envolves-me em pecados dantescos como serpe em voluptuosa dança,
E cravas tua semente como se fosse lança...