31 de mai. de 2007

O desejo do amor

conduz-me

a uma vontade imensa

de paixão.


O Fogo do Prazer

De tanto esperar em vão e já fatigada,
Dando um tempo para a minha dor, adormeci....,

E ao meu lado, com sorriso largo, sonhei que via,
Teu rosto moreno, teu olhar verde-esmeralda...
Trazias nas másculas mãos o fogo do prazer,
E, enamorada, meu corpo aconcheguei entre elas,
Estopim e fluido que não deixam físicas seqüelas,
Chama fria que queima a alma e me faz viver...

Que louco frenesi que me tomba no leito vencida,
Que esvazia meu ser e o deixa em incrível leveza,
Desnuda os segredos, mostra o horror e a beleza,
Labirinto de devassas sensações onde estou perdida!
Neste lúbrico sonho és a fera que as garras lança,
E insensível aos meus gemidos e sensuais clamores,
Rasga minha carne em quentes rubras flores,
E, entre elas, planta a primitiva semente da esperança...
E, deste afã de possuir-me, nunca te cansas,
Exiges meu corpo nu exalando suaves odores,
Espalhas minhas formas no leito e como ramas de lores,

Com as minhas, tuas longas pernas tranças...
E neste divino momento, dou-te tudo, a nada me oponho,
Deixo meu corpo, solto, flutuando sem gravidade,
Neste espaço onírico onde tudo é felicidade,
Tudo perfeito para que, indefinidamente, dure este sonho...