31 de jan. de 2009

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"O amor nos tira o sono, nos tira do sério, tira o tapete debaixo dos nossos pés, faz com que nos defrontemos com medos e fraquezas aparentemente superados, mas também com insuspeitada audácia e generosidade. E como habitualmente tem um fim - que é dor - complica a vida. Por outro lado, é um maravilhoso ladrão da nossa arrogância.

Quem me quiser amar agora terá de vir com calma, terá de vir com jeito. Sou um território mais difícil de invadir, porque levantei muros; insegura de minhas forças disfarço a fragilidade com altas torres e ares imponentes. A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura. Às vezes é preciso recolher-se.”

Lya Luft

(no segundo parágrafo o pronome na primeira pessoa foi audácia minha)