2 de dez. de 2008

Vinho Doce

Arranque as vestes, que te cobre de mentiras.
Venhas a mim de peito nu, ou vista-se de inocência,
Quero a pureza do menino, nos olhos que me miram.
Tragas a mim, palavras num enredo, em transparência.

Nunca perturbes meu coração com falsas frases,
nem insinues teus encantos, nem de mim aproximes.
Vai-te, siga teu caminhar, sem precisares me conhecer.

Entretanto, se me amas, vem, traga nas mãos uma taça,
Comemoraremos o simples, o verdadeiro, seu bem querer.
Traga-me um beijo com sabor esperança, jamais saudade.
Serei pra ti o vinho doce, que degustarás com teu prazer.
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Marlene Constantino