15 de dez. de 2008

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Por-me-ás de borco,
assim inclinada...
a nuca a descoberto,
o corpo em movimento...
a testa a tocar a almofada,
que os cabelos afloram,
tempo a tempo...
Por-me-ás de borco,
(digo: ajoelhada)
as pernas longas
firmadas no lençol...
e não há nada, meu amor, já nada,
que não façamos como quem consome...
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(Por-me-ás de borco, assim inclinada...
os meus seios pendentes nas tuas mãos fechadas.)
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Maria Tereza Horta