4 de jun. de 2008

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Nunca passou pela minha cabeça mexer com os sentimentos das pessoas e nem foi para isso que comecei este blog. Tanto é verdade que apenas eu e mais uma outra pessoa muito especial para mim sabemos da sua existência. Ninguém mais. Nem mesmo as pessoas que considero do meu grupo de amizades.
A minha intenção com este cantinho é desabafar, poder escrever sobre o que bem desejar sem me preocupar com os pré-conceitos e avaliações das pessoas. O que aqui coloco expõe o meu lado íntimo, o lado que só eu conheço. São desejos, sonhos, vontades e fantasias do meu lado oculto, anônimo e inconfessável. O lado secreto que todos nós temos no nosso interior. Daí a minha identidade, o que denota a existência de muitas em uma. Aqui exponho o meu universo tão particular. Aqui me dispo, me delato e me denuncio explicitamente. Tudo que posto vem de dentro. Nada é por acaso. Para tudo ha uma razão, um meio e um fim.
Por tudo isso, fico surpresa com o número significativo de visitas que venho recebendo e espantou-me os e-mails recebidos hoje questionando o Amor eterno e a sua existência ou não. Uma frase tão comum causando tanto impacto me surpreendeu!
Bom, não posso tentar convencer a quem nunca sentiu esse amor que ele de fato existe e nem teria como fazê-lo, pois trata-se de um sentimento peculiar, indescritível, intimo, pessoal e intransferível.
Posso apenas tentar transmitir o que sente alguém que vive com esse amor no corpo, na pele, na alma. Talvez se falasse do arrepio da pele ao mais leve toque das mãos do amado; se falasse do frio que percorre o corpo quando em um abraço; do suor, do tremor, da falta de ar quando inesperadamente os olhos se encontram em um momento qualquer, em uma rua qualquer...; do desejo incontrolável de ficar perto, respirando o mesmo ar; ficar só olhando, como que cuidando. Talvez se falasse que mesmo em meio ao burburinho da multidão a voz do amado soa mais alta; ou falasse da sensação de sonhar com o amado e despertar pela manhã com o sabor do beijo na boca, o frescor da saliva nos lábios; da alegria, da euforia, da vontade de sorrir, cantar, viver intensamente. Da ansiedade das horas que não passam até o amado chegar e quando ele chega, do desespero das horas que parecem voar. Da tristeza do beijo de despedida... da ânsia do beijo de chegada.....
Poderia falar, falar e falar montanhas de emoções e sensações e não conseguiria explicar porque o amor não se explica, apenas sente-se.. vive-se.. entrega-se...
Contudo, também gostaria de dizer a quem me questionou, que apesar de ter a convicção de que o verdadeiro amor só acontece uma vez na vida, acredito que outros amores venham acontecer depois. É claro que não com a mesma intensidade, com o mesmo glamour e vida. Mas também são verdadeiros, só não são eternos. Estes acontecem com paixão, com tesão e como tal são passageiros. Podem até resistir algum tempo, ser sincero e por um certo tempo promover felicidade. Contudo esta outra forma de amar não resiste o tempo todo e muito menos a distancia e termina permanecendo apenas na memória como uma lembrança gostosa e/ou uma experiência que valeu a pena.
Não vou me alongar. De nada adiantaria. Só achei que precisava colocar aqui o meu ponto de vista e, acima de tudo, a minha experiência em consideração aos que me escreveram. Além do mais não tenho aptidão para conselheira e muito menos desejo transformar este cantinho em um consultório ou um fórum sentimental.
Agradeço aos que interagem com o meu Universo e acreditem: o Amor verdadeiro é único e existe, porém muitos outros acontecem na nossa vida e são necessários para nos manterem vivos e felizes. Shalom!
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Roses
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