1 de jun. de 2008

Corpos Unidos

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... e me puseste no teu leito,
com cuidados de amante perfeito.
de desejos minha alma estremece.
O mundo pára, a volúpia cresce.

Cerro os olhos e sinto a tua boca
Em meu ventre qual borboleta
Beijando flores em festa louca,
E a tua destra que meu seio aperta.

Depois, teu corpo ao meu unido,
Explorando os meandros do meu ser interno,
Busca a fonte do prazer com carinho terno,
Penetra suas águas para ser ungido.

É um impudor na minha idade,
Um êxtase devasso que me vence,
Gozo de vibrante ansiedade,
Dar-te este corpo que a mim já não pertence.

E nele fazes estranhos arabescos,
Envolves-me em pecados dantescos,
Como serpe em voluptuosa dança,
Cravas tua semente como se fosse lança.
Nesta desvairada paixão.
De desejos a serem saciados
Num total encanto
Nesta magia que encanta

Vem amante meu
Vem saciar meu desejo
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Maria Hilda de J. Alão
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