
Mãos que tocam para completar o sentido da visão;
Mãos que sentem a aspereza, a dureza, a maciez, a umidade, a secura, o quente e o frio.
Mãos que gesticulam tentando explicar a fala;
Mãos que acalentam, embalam e acalmam;
Mãos que seguram, agarram, dão sustentação e firmeza ao corpo que se desequilibra;
Mãos de mãe, mãos de pai, mãos de filhos, mãos de irmã e irmão,
Mãos do mesmo sangue, que se defendem.
Mãos que batem, surram, esmurram quando se querexpressar zanga, indignações,
e ao mesmo tempo...
Mãos que afagam e abafam a dor desses sentimentos, do sofrimento, da dor.
Mãos que indicam o caminho;
Mãos indispensáveis, que vestem, lavam, dá aquela coçadinha gostosa.
Mãos que embelezam a estética corporal,
Mãos de todos os tipos, todas as cores, bonitas e feias, porém, insubstituíveis...
Mãos de amantes que se entrelaçam, se encaixam;
Mãos que se despedem, dizem até breve;
Mãos que se abanam enquanto se afastam;
Mãos que contrariam o coração que quer ficar junto, quando é preciso partir.
Mãos de esperança,
de aperto forte no reencontro.
Mãos que dá gosto tocar.
Mãos que se juntam para orar,
Mãos que se abrem para doar,
Mãos que escrevem poesias,
Mãos que sentenciam.
Mãos que tem perfume,
tem suor,
tem calor,
marcas profundas da vida e de dor
Essas mãos existem,
Algumas escondidas, tímidas,
outras atuantes, despojadas.
Eu tenho as minhas...
São pequenas, mas agarram bem.
Tem a pele macia porque são bem cuidadas,
são rosadas porque tem calor humano.
São mãos que me completam no ato de tocar, de sentir, de ver, de amar.
Mãos que afagam, mas sabem bater;
Mãos que já enxugaram lágrimas de alegrias e de tristezas.
Mãos que sabem confortar, que doa, que compartilha.
São mãos estendidas para você...,
Sempre!
Roses