16 de set. de 2006

Sem Amarras

-
Não tente entender-me.
Sou como o vento, não tenho destino. Apenas passo...
Aproveite a brisa.
Não me prendas, não me possuas.
Sou como a água,
Se presa, evaporo.
Mate apenas tua sede.
Não tente guardar-me.
Não me aprisione.
Sou como as flores,
Colhida feneço.
Guarde-me o perfume.
Não me descreva, não me modifique.
Sou como um sonho,
Uma ilusão
Não me acompanhe, não tente seguir-me.
Sou como um cometa solitário.
Apenas admire-me...
Neste momento, então,
Serei poeta
Tua poeta.

-