16 de set. de 2006

Quando te deitas

Quando te deitas desse jeito,
Com o corpo a transpirar de cio,
Sei que queres que apague no teu rio
O fogo que tenho no meu peito.
Então os nosso corações, amor,
Batem ritmados
De tal modo acelerados
Que mais parecem rufos de tambor.
E há beijos, meu Deus!
Teus lábios mordendo os meus,
Que sangram desejos
De mais beijos.
Minhas mãos acariciam os teus seios....
Sinto a tua pele arrepiada...
E teus dedos em feliz caminhada,
Já não sei que parte do meu corpo é que tateiam.
E quando num assomo de ternura,
Beijo teus lábios verticais
Parecemos irracionais
Batendo às portas da loucura.
E há gemidos na voz
Quando o amor nos explode a alma.
Depois é um abandono, uma calma,
Como se o mundo fosse feito só pra nós.